domingo, 9 de outubro de 2011

Quarto 666 - Wim Wenders (1982)

O documentário de Wim Wenders gira em torno da discussão da morte do cinema. Hoje em dia, essa questão já é considerada ultrapassada, uma vez que diversas vezes foi dito que o cinema foi morto e continuamos presenciando sua forte presença no mercado. Entretanto, na época que foi realizado, a questão gerava grande polêmica e a idéia de colocar diversos cineastas de renome falando sobre o assunto na tela parecia genial.


Particularmente, gosto do depoimento de Herzog e de Antonioni. Ambos não tratam do assunto como se estivessem falando sobre uma tragédia ou o fim dos tempos. Herzog acredita no aparecimento e crescimento das novas mídias, mas não como substituição do cinema. E afinal, por que não podemos comprar alimentos através de uma câmera de vídeo e depois ir ao cinema? Não podemos negar que a experiência de assistir a um filme no escuro de uma sala de exibição é completamente inigualável que vê-lo na sala de sua casa, por melhor que seja seu aparato tecnológico.


Já Antonioni crê na influência que as novas mídias exercerão sobre o cinema, sendo de opinião que elas estimularão o surgimento de um novo espectador e uma nova linguagem cinematográfica. Ele também chama a atenção para a possibilidade de difusão que a televisão promove, uma vez que é através dela que a informação chega para tantas pessoas nos mais diversos e distantes lugares do mundo.

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