terça-feira, 29 de novembro de 2011
Referências - Projeto Olhares
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Jornada nas estrelas: A Nova Geração
Star Trek é uma série clássica, iniciada pelo gênio Gene Rodenberry em 1966, ela educou gerações a sonharem com as estrelas. Porém, em 69 a série acabou, dando origem a uma série de filmes (e reprises) que se extendem até hoje. Quase duas décadas depois, em 87,a United Space Ship Enterprise retornou as telas da TV, dessa vez modernizada, com uma nova equipe, mas a mesma missão , Audaciosamente ir aonde ningúem jamais esteve
Thu thu thu thu thu ruuu ruuu, thu thu thu thuuu...
ATENÇÂO: SPOILERS ADIANTE
Ok, a piada foi horrivel, eu assumo.
Vou falar aqui dos episódios S3x26 e S4x01 “The Best of Both Worlds” partes 1 e 2. Além de a parte 1 acabar no maior cliffhanger da série: O captão picard é sequestrado e assimilado pelos borgs, que preparam uma invasão a terra. Até então, os borgs haviam sido inimigos distantes. Apresentados ao publico durante a 2ª temporada, eles representam um perigo maior que os inimigos de costume: os romulanos e Klingons.
Apesar de representarem uma mudança súbita em relação aos inimigos, este arco da série se manteve fiel as regras do universo star trek. Os Borg se mantiveram obscuros e quase invulneráveis a federação. Em star trek, existe um consenso de que mudar as regras significa fazer a série fracassar (Enterprise, isso foi com você, esse nome não te pertence)¹ Um dos roteiristas da série disse uma vez: não dá para apenas colocar uma tripulação e uma nave e chamar isso de enterprise, existe um universo dentro e fora da nave que deve ser respeitado. TNG(The next generation) respeitou isso, e por tanto, esses 2 episódios também. Porém, ao mesmo tempo, eles são o mais próximo que TNG havia chego a uma batalha fatal até então. (ainda assim, é regra que a enterprise, mesmo estando danificada ou menos armada que a outra nave, consiga derruba-la com uma mistura de táticas diferenciadas, uma boa liderança e, sinceramente, Holy hand granades quando a coisa aperta)
No geral, Star Trek pode ser entendido, mesmo por alguém que pegue episódios soltos, nos casos de episódios duplos como esse, a abertura do 2º ep é substituida por um resumo do episódio anterior. Alguns detalhes podem se perder (um espectador que veja esses episódios sem ter visto o encontro anterior da enterprise com os borg pode não entender inicialmente, mais o próprio ep explica as questões necessárias sobre eles.) Ainda assim, os fãs de verdade (trekiees, como eu) conseguiram, das poucas aparições borg na tela, entender qual era a idéia deles, quais seus padrões , táticas e naves. Eles continuaram sendo uma raça praticamente desconhecida até o filme “Star wars- First Contact” onde um maior background nos borg nos foi dado. Mais esses dois episódios foram o suficiente para torna-los uma das raças mais odiadas (e, por tanto, uma das favoritas) dos fãs de jornada.
TNG sempre possuiu um viés filosófico sobre a humanidade, enquanto a série original, mesmo com todos os seus méritos, era um pouco “cowboys do espaço” (sinto as mãos de fãs xiitas do captão kirk em volta do meu pescoço nesse momento.) TNG nos fez olhar para o presente (1987, na época) e ter esperança de que o futuro ainda poderia ser assim.
Star Trek não teve tantas surpresas durante a série, entenda bem, não era uma série previsivel, mais não possuia grandes viradas de roteiro. Em “the best of both worlds” o final, com picard tendo sido assimilado ( Eu sou Locutus de Borg, Resistir é inutil.) foi uma surpresa para todos. O que seria da enterprise sem seu capitão ? os borgs alcançariam a terra? Veriamos Riker e sua leal barba no comando da enterprise de agora em diante?
Digam o que quiser, a série era meio parada até a barba aparecer, mais ela ainda perde para a careca do Picard.
Obviamente, o 1º episódio da 4ª temporada respondeu todas essas duvidas, Picard é resgatado e o cubo borg destruido pelo poder da barba do Riker ( e mais umas coisas tipo feisers e torpedos, o de sempre) dali em diante, Por mais que a federação não quisesse picard perto dos borg ( ele já fez parte da coletividade, portanto, poderia ser atraido para dentro dela de novo) ele combateria os borgs muitas outras vezes, inclusive “destruindo” a rainha borg no filme “first contact”.
No geral, TNG foi uma série exelente, que ainda é reprisada, ela foi a ultima série com a enterprise a passar na TV (eu não considero Enterprise como parte da saga Star Trek, por mim, aquilo não existiu). Ela trouxe Star trek para o século 21 antes mesmo dele começar, tratando de temas que ainda são atuáis. Junto de Deep space Nine e Voyager (ambas também da saga Star Trek) elas foram as grandes séries de ficção no espaço da década de 90, sendo igualadas em episódios e história por Stargate, mais isso fica para uma outra discução
Ah, uma mensagem para os fãs de Star wars:
Vida Longa e Próspera a todos
Refrencias pessoais do projeto Olhares
Curta: O dia em que dorival encarou a guarda:
O curta apresenta um ambiente de cadeia, especialmente a cela do prisioneiro dorival, como um ambiente fechado, quente e claustrofóbico, onde o preso se sente desconfortável. E esta é exatamente a sensação que a 2ª sala pretende passar, o desconforto de uma cela de cadeia: pequena, apertada, com o sol por trás de grades. O motivo disso é simular o desconforto, fazendo o visitante se colocar no lugar do presidiário da história. Ao mesmo tempo, isso é quebrado com o video que será apresentado ao visitante, que mostará o lado do dono da empresa, em contratar um ex-presidiário. Otras influencias dessa sala incluem os filmes Carandiru e Prisioneiro da grade de ferro que tratam do tema do presidiário também. Reunindo todas essas influências, se criou a história central da 2ª sala, tratando da dificuldade do ex-presidiário em arranjar um emprego após sair da cadeia, e a divisão do dono da empresa de contratar alguém que pode ser perigoso para a empresa familiar da qual ele é dono, e onde sua própria familia trabalha.
Instalação: 6 Bilhões de outros
A 3ª sala de nossa instalação foi originalmente pensada a partir dessa instalação. A idéia de você entrar na sala e ver outras pessoas te encarando está no projeto desde o inicio, pois ela gera essa questão dos diferentes olhares sobre as situações que as outras salas apresentam, antes ela era apenas projeções contra o fundo branco, mais agora ela foi somada ao videomapping, criando uma integração maior com o visitante. A idéia de mostar diferentes opiniões e visões através disso também veio da 6 bilhões de outros. A própria equipe recolheu depoimentos de pessoas ligadas as areas que a instalação cobre, e imagens de pessoas communs, para criar essa parte da instalação.
Tecnologia: VideoMapping
A tecnologia de videomapping que utilizaremos na ultima sala não possui uma unica referencia, mais a idéia geral é que sua aplicação modifique a forma como o visitante interage com a ultima sala, antes, nós apenas projetariamos os videos contra um fundo branco. Agora, utilizando dessa tecnologia, a sala terá uma fluidez melhor, com os videos efetivamente interagindo com a estrutura da sala. Ela é utilizada normalmente em grandes eventos, projetando contra prédios e monumentos, criando efeitos e histórias. Nos foi mostrado como referencia o videomaping feito no cristo redentor, porém, não encontrei nenhum exemplo feito dentro de uma instalação (apesar de saber que já foi feito).
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Affordance e Umwelt na históra do Mario Bros.
domingo, 20 de novembro de 2011
Affordances e Umwelt em Saint’s Row: The Thrid
Enquanto SR 1 e 2 eram mais realistas e similares a GTA, a 3ª edição do jogo tomou um caminho diferente, adicionando muito humor negro e situações mais adultas e as vezes até ridículas.
Sim, é exatamente o que você está pensando, e você bate nas pessoas com ele.
Sendo um Open-world game, você pode fazer basicamente o que você quiser: quer invadir o território da gangue rival numa vespa usando só cuecas e a “arma” acima ? tudo OK, vá em frente. (só lembre-se que eles tem armas de fogo, e você tem um brinquedo sexual gigante).
Como é normal nos jogos de hoje em dia, você pode interagir com quase tudo ao seu redor (as casas e prédios ainda não são destrutiveis,mas quem sabe um dia...) essa interação causa algumas mudanças visuais no jogo (Ex: ser dono de todos os estabelecimentos de uma area, libera missões para expulsar a gangue rival dali, e após completos, as pessoas da sua gangue podem ser vistas andando por ali). Os carros recebem dano se baterem ou levarem tiros, o que pode faze-los explodir (uma ótima forma de se livrar de grandes quantidades de inimigos, pois eles estacionam todos juntos, e um carro explodindo causa uma reação em cadeia)
Uma vez que você já começa do lado contrário da lei, algumas coisas são permitidas, e não causam probelmas: roubar um carro não faz a policia caçar você (mesmo quando o policial está do lado do carro, ou quando você rouba a própria viatura da policia) mesmo coisas como atropelar pessoas (perdi o controle do carro e acertei umas 6 uma vez, e nada, nem uma sirene) e até matar membros de gangues rivais. Porém, quando eles vem, vem com helicópteros, times da swat e até do exército.
Daedalus, a base da SHIELD, ops, STAG (Special Tatics Anti-Gang)se isso é justo ?
Sim, é justo sim
O jogo te dá algumas decisões durante as missões, por exemplo, após matar o lider de uma gangue rival, você pode explodir o arranha-céu dele, o que vai aumentar sua reputação, ou mante-lo para você, o que aumenta em 10% o lucro que você recebe de todos os lugares que você controla na cidade. (existem outras, mais ainda não cheguei até elas, sei que o jogo possui 2 finais, que acontecem dependendo de uma decisão tomada nas ultimas fases).
No geral, o jogo não introduz nenhuma grande mudança de similares como GTA , as affordances são as mesmas de todo Open-world, a diferença de Saint’s Row: The Third é realmente o ambiente e a história. Depois que no começo do jogo eu saltei de um avião em queda 2 vezes ( eu pulei, ai percebi que tinha esquecido uma coisa, entrei nele pelo vidro da cabine do piloto, roubei outro para-quedas de um guarda, e pulei do avião de novo) eu percebi que ele seria bem diferente de um GTA
O CEO da THQ, empresa que criou o jogo, respondeu para um reporter se ele não estava preocupado com GTA V diminuindo as vendas de SR3 , que os dois tinham tomado rotas diferentes, GTA se mantém realista e focado no personagem, enquanto SR, bem , assistam esses videos e tirem suas próprias conclusões.
http://www.youtube.com/watch?v=nZp0w42Zlkk&feature=relmfu
Melhor trailer do ano
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Outro joguinho viciante!
A narrativa e a lógica dos games
Sistemas Emergentes
A complexidade organizada nem sempre deve esse nome e nem sempre se soube da sua existência. Entretanto, mesmo que desconhecida, sempre esteve presente nos questionamentos de diversos estudiosos em suas mais diferentes áreas de atuação. Trata-se de entender os mais diversos fenômenos no seu caráter coletivo, ou seja, compreender os diversos sistemas por meio de sua visualização como uma rede interconectada que é composta por uma série de fatores que desencadeiam outros fatores e assim por diante.
Steven Johnson, no seu livro “Emergência - A dinâmica de rede em formigas, cérebros, cidades e softwares”, aborda esses conceitos e os exemplificam através de elementos práticos e simples como: a vida coletiva dentro de um formigueiro e a estruturação e composição das cidades. Segundo ele, padrões maiores podem emergir de ações locais descoordenadas. Ao contrário do que a maioria acredita, esses padrões são formados por meio de interações paralelas entre agentes locais que vivem em determinado meio. Não há líderes para dar ordens e coordenar o progresso do sistema, os próprios componentes desse sistema reagem às necessidades específicas e mutantes do seu ambiente e formam novos padrões mais elevados do que os anteriores.
De qualquer forma, a auto-organização é resultante de ações desencadeadas por motivos e explicações conscientes. Tudo é resultante de alguma ação no tempo e no espaço, o grande potencial da emergência é que o próprio sistema vai produzindo as causas da sua transformação e evolução, ao invés de ser comandado e melhorado por alguém que gastou energia para aprimorar seu funcionamento.
Um bom exemplo de um sistema emergente é o game “Game of Life”, pois o jogo é capaz de criar novas estruturas através de regras primárias.